sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Como o IDH pode aparecer no vestibular? Veja dicas de professor

O que a Noruega, a Austrália e os Estados Unidos têm em comum? Os três estão entre os dez países com maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), em ranking divulgado recentemente pela Organização das Nações Unidas (ONU). Elaborado anualmente, o IDH classifica as nações de acordo com a expectativa de vida, educação e o Produto Interno Bruto per capita ou PCC. Para quem se prepara para os provões, é importante conhecer os dados da sigla, que aparece com frequência nas disciplinas de história e geografia, normalmente apoiada em gráficos e tabelas.
Este ano o Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento (PNUD), braço da ONU que busca promover o desenvolvimento e eliminar a pobreza do mundo, divulgou os resultados do 20º Índice de Desenvolvimento Humano. Além dos dados utilizados anteriormente, o relatório traz uma nova metodologia na classificação dos países, e o acréscimo de mais índices como o Índice de Desenvolvimento Humano ajustado à Desigualdade (IDH-D), o Índice de Desigualdade e Gênero (IDG) e o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM).
"Nesta época do ano, já foram elaboradas as provas de vestibular do País. Esses novos resultados do IDH, referentes ao ano de 2010, foram divulgados no início de novembro, então creio que as mudanças que ele apresenta serão assunto para a prova do ano que vem, e não para esta edição", diz o professor de história do Cursinho da Poli, Elias Feitosa. É provável que a próxima edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já apresente questões com a nova metodologia.
Segundo o professor, a palavra chave para questões envolvendo o IDH é a interpretação. "As perguntas que abordam o índice envolvem uma composição de estatísticas, onde é necessário conectar as informações. Por exemplo, um país que apresenta uma baixa mortalidade infantil geralmente é detentor de uma boa estrutura sanitária, e de um sistema de saúde pública eficiente", comenta.
Porém, essa interpretação não inclui decorar países pela sua posição no levantamento. "O estudante precisa saber que essa é uma grandeza que varia entre zero e um (quanto mais próximo de um, mais desenvolvido o país) e ter alguma noção do que é um IDH alto, o que seria um patamar intermediário ou que tipo de país apresenta um índice baixo. Nada de sair tentando memorizar os quase 200 países que fazem parte do relatório", orienta Feitosa. Importante é saber a posição atual do Brasil no ranking, 84.
Criado em 1990 e utilizado desde 1993, o IDH se consolidou como uma ferramenta mais detalhada na avaliação do desenvolvimento dos países, e hoje serve como base para pesquisas de diversas instituições. Segundo Feitosa, "o IDH se revelou um indicador mais completo com o passar dos anos, em detrimento das outras divisões de desenvolvimento mais comuns anteriormente, como primeiro, segundo e terceiro mundo".

Nenhum comentário:

Postar um comentário