É muito difícil achar alguém que
goste de estudar. Há uma simples razão para isto: nada representa maior perda
de tempo do que passar horas na frente de livros e cadernos para colocar na
cabeça um monte matérias que fatalmente serão esquecidas depois da prova. Horas
e horas, cansativas horas. Deixamos de fazer o que gostamos para ficar ali,
parados, em um quarto, decorando coisas que não têm nenhuma implicação direta
em nossa vida, senão a prova do dia seguinte, ou melhor, a nota que obtivermos
na prova. É desanimador.
O estudo seria “chato” por
natureza se ele significasse necessariamente perda de tempo (note que no
parágrafo anterior eu descrevi o estudo chato como aquele no qual as matérias
fatalmente serão esquecidas) e abstenção dos prazeres da vida. Contudo, aqui
vem a boa notícia: é possível sim gostar de estudar. Isto não ;e uma piada. Se for
possível estudar sem renunciar aos prazeres da vida, se for possível obter um
rendimento alto no tempo de estudo e se for possível estudar em uma direção
clara, o estudo se mostrará algo tão importante, benéfico e engrandecedor que
não teremos o que nos queixar dele. Isto pode ser alcançado com alguns procedimentos
simples, como a organização da rotina, seleção do material e, acredite, muito descanso.
Quando você perceber que em uma única sessão se estudos de duas horas é possível
aprender matérias que no colégio demoram um mês para serem dadas, você vai
gostar de estudar (até porque vai sobrar tempo para jogar uma bola e sair com
os amigos). Isso é sim possível, mas não vem sem que paremos para pensar com
calma nos nossos horários. No próximo item, veremos como organizar nossos tempo
para aproveitá-lo ao máximo.
Fonte: Livro Vestibular 100% - Método de Estudo, Descanso e Lazer. P. 45, 46.
Autor: Fábio Ribeiro Mendes